Você já ouviu falar em Pré-natal odontológico?

É importante contar com o acompanhamento médico durante o período de gestação para garantir o bem-estar da mãe e o pleno desenvolvimento do bebê — o que inclui a saúde bucal, uma vez que os problemas na cavidade oral da gestante afetam diretamente a integridade da criança, tanto durante a gravidez quanto após o nascimento. Nesse sentido, o pré-natal odontológico representa um mecanismo preventivo que reduz o risco do aparecimento de doenças indesejáveis durante a gravidez.

Pensando na atenção que esses 9 meses devem receber, esclarecemos neste post algumas dúvidas acerca do pré-natal odontológico durante o período gestacional. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

O que é pré-natal odontológico?

Trata-se do acompanhamento do estado de saúde bucal da gestante, com o intuito de prevenir o agravamento de problemas já identificados e evitar o desenvolvimento de novas doenças orais que possam afetar a criança.

Durante o período em que o bebê se desenvolve no útero, a mulher se encontra em situação vulnerável ao surgimento de complicações no organismo que podem levar ao adoecimento.

Essa condição deve-se à oscilação hormonal e à mudança nos hábitos alimentares. Tendo em mente esses fatores, o pré-natal odontológico busca acompanhar a evolução da saúde bucal da mãe até o nascimento do bebê, orientando-a, inclusive, quanto aos cuidados que deverá tomar com o recém-nascido.

Por que esse acompanhamento é importante?

Por conta dessas mudanças de rotina, há a tendência de que alguns problemas se efetivem com mais facilidade. O mais comum deles é o surgimento de cáries.

Com a compressão do estômago, a gestante passa a comer em menos quantidade e, com isso, realiza um número maior de refeições. Essa readaptação alimentar normalmente não acompanha a higienização dos dentes após a ingestão dos alimentos.

Cria-se, dessa maneira, um ambiente bucal propício para o desenvolvimento de cáries a partir do aparecimento de placas bacterianas que podem causar uma diversidade de complicações, como:

  • mau hálito;
  • gengivite;
  • periodontite;
  • endocardite bacteriana.

De que forma as doenças bucais da mãe afetam o bebê?

É importante esclarecer que todos esses problemas têm relação direta com o desenvolvimento do bebê, pelo motivo de estar em situação de dependência nutritiva em relação à mulher. Deve-se, portanto, tomar cuidado com as conexões negativas entre os corpos — a principal delas é a dor e o estresse.

Caso alguma doença bucal venha a se desenvolver, será gerada uma tensão na mãe, decorrente do sofrimento. Isso leva ao aumento da produção de adrenalina e outros hormônios que interferem no desenvolvimento do feto, podendo gerar impactos, inclusive, na personalidade da criança.

Outro exemplo de conexão negativa que as doenças criam durante a gestação é o risco de parto prematuro em caso de periodontite. Essa complicação decorre da inflamação de todos os tecidos ao redor dos dentes. Trata-se, portanto, de um estágio mais avançado e grave da gengivite. Os microrganismos presentes nas placas bacterianas podem cair na corrente sanguínea e estimular a produção do hormônio prostaglandina, que gera contrações do útero.

Como funciona o acompanhamento dentário após o nascimento do bebê?

Durante o pré-natal odontológico, a futura mãe será orientada em como proceder após o nascimento do filho. É muito importante dar continuidade a esse processo, pois a saúde bucal do recém-nascido é reflexo do cuidado que os pais terão.

Já nos primeiros dias de vida, o leite fica acumulado na cavidade bucal do recém-nascido e as bactérias podem se alojar com facilidade. Portanto, antes mesmo do nascimento dos dentes de leite deve-se manter uma rotina de higiene bucal para o bebê. Em contrapartida, é importante manter a saúde da mãe mesmo após o crescimento do pequeno.

Após o encerramento do pré-natal, é importante buscar novamente seu dentista para que o pequeno seja encaminhado para o tratamento mais adequado. A busca por esse acompanhamento dentário desde os primeiros anos de vida pode otimizar a dentição da criança e facilitar os tratamentos necessários.

Quando iniciar o pré-natal odontológico e qual profissional buscar?

Ideal é que seja realizado por um profissional cirurgião dentista capacitado e atualizado para tal. Durante a consulta você poderá esclarecer todas as dúvidas de higiene e hábitos alimentares que deverão ser mantidos. Ideal que seja feito 3 consultas durante a gestação , o primeiro trimestre ela fará uma avaliação da condição bucal dela naquele momento e receberá orientações para prevenir futuros problemas. Caso tenha algum procedimento mais invasivo para realizar o segundo trimestre é o momento mais seguro para realizar procedimentos. No último ela receberá orientações quanto os cuidados bucais para o bebê.

Por esse motivo, evita-se o uso de anestésicos, de medicamentos e a solicitação de radiografias. Vale ressaltar que, ao agendar a consulta, a mãe deve avisar ao dentista que está grávida, além de retomar com o especialista as tensões que está passando e informar qualquer remédio que esteja usando.

É muito importante que haja um diálogo entre o dentista e o médico que acompanhará a gestante. Dessa forma, todos os cuidados possíveis poderão ser levados em consideração e haverá uma análise mais criteriosa acerca da necessidade de cada procedimento odontológico, observando os riscos do tratamento.

A gravidez é um período especial e importante para toda família, mas exige muita cautela no que se refere ao bem-estar da mãe e ao desenvolvimento saudável do bebê. Como vimos, o organismo da mulher afeta fisicamente e emocionalmente a criança, pois fornece todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável do bebê.

É importante buscar meios de prevenir quaisquer problemas que possam afetar a saúde da gestante. O pré-natal odontológico, nesse sentido, é crucial para que as mudanças fisiológicas na mãe sejam acompanhadas por um profissional capacitado, evitando o surgimento de doenças bucais e a realização de possíveis procedimentos dolorosos e sem necessidade.

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